PSB/Rede e as alianças realistas
O PSB sai com um candidato próprio em São Paulo, reafirma o acordo com o PSDB em Minas, que tem recíproca dos tucanos em Pernambuco, e apoia a chapa do Pros, no Rio, com Miro Teixeira para o governo e o ex-jogador e atual deputado federal, Romário, para o Senado.
Outra decisão fugiria à lógica eleitoral que ainda prevalece sobre o sonho da rede de uma “política nova” , cuja implementação carece de mais clareza quanto às suas bases de construção.
A nova política depende mais de uma revolução de costumes do que legislativa ou determinante do fim de alianças heterogêneas.
Extrai-se dessas definições o critério objetivo e estratégico que as orientaram, preservando candidaturas competitivas e evitando rupturas politicamente prejudiciais ao interesse maior da oposição, que representam Aécio Neves e Eduardo Campos, de chegar à presidência da República.
Marina Silva tenta emplacar os interesses da Rede, o que é legítimo, mas os candidatos de sua preferência em estados estratégicos, como Minas e São Paulo, não são competitivos e suas escolhas privilegiariam o sonho em detrimento de uma estratégia com potencial vitorioso.
Entre os colégios eleitorais decisivos, o Rio foi exceção, pois Miro Teixeira tem o apoio da ex-senadora.
O desfecho desse embate natural dentro de uma aliança, é uma opção pela competitividade acima da mensagem e parece mostrar à ex-senadora que o caminho mais simples talvez esteja na consolidação de candidaturas de escolha da Rede em estados de menor potencial de conflito com o PSB.
Uma espécie de costura de fora para dentro do mapa eleitoral em relação aos centros de maior densidade e influência , iniciando um processo de capilaridade da Rede, que poderá fortalecê-la quando partido político.
O cronograma eleitoral não favorece uma postura inflexível dentro de uma aliança que ainda precisa resgatar o tempo perdido e ganhar visibilidade.
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