DARCY RIBEIRO
Antropólogo, educador, escritor e político brasileiro nascido em Montes Claros, MG, fundador de duas universidades modelares, a UNB e a UENF, contribuição única na história da cultura brasileira. Formado pela Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo (1946), iniciou o trabalho de etnólogo (1947) no antigo Serviço de Proteção ao Índio, dirigiu a seção de pesquisa desse órgão (1952-1956) e criou o Museu do Índio (1953). Foi diretor do Centro de Pesquisas Educacionais, a CAPES, e do setor de pesquisas sociais da Campanha de Erradicação do Analfabetismo. Partidário do governo do Presidente João Goulart, foi seu Ministro da Educação e Cultura (1961), quando organizou a Universidade Nacional de Brasília, da qual foi seu primeiro reitor (1962-1963), e Chefe da Casa Civil da Presidência da República (1963-1964).
Cassado pelo golpe militar (1964), exilou-se no Uruguai, Chile e Peru, onde lecionou antropologia e se dedicou à reforma do ensino universitário, além de escrever vários livros culturais. Regressou ao Brasil (1976) e apresentou seus primeiros textos em romances. Acompanhando o engenheiro e político Leonel Brizola, elegeu-se vice-governador do Estado do Rio de Janeiro (1982) e senador (1990), pelo Partido Democrático Trabalhista, o PDT. Atuando no Senado em Brasília,cidade onde viveu seus últimos dias, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (1992) e projetou a Universidade Estadual do Norte Fluminense, a UENF, sediada na cidade de Campos, RJ, voltada para a formação de cientistas (1994).
Foi o relator da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, aprovada no governo Fernando Henrique (1996). Autor de extensa obra antropológica, dedicou-se principalmente ao estudo dos índios, e morreu de câncer, em Brasília, DF. Em sua obra literária, fundamentada na pesquisa etnológica e numa rica prática pedagógica, são muito conhecidos os livros Religião e mitologia cadiueu (1950) e Línguas e culturas indígenas do Brasil (1957), O processo civilizatório (1968), Universidade necessária (1969), As Américas e a civilização (1970), Os índios e a civilização (1970) e Teoria do Brasil (1972). e surpreendeu a crítica com o romance Maíra (1976), a que se seguiram Ensaios insólitos (1980), outro romance, O mulo (1981), Utopia selvagem (1982), O Brasil como problema e O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil (1995).
Postado por Carlos PAIM
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